Já falamos bastante sobre as iniciativas do setor privado, nos Estados Unidos, procurando de formas diversas melhorar as condições de produção mais limpa de alimentos (General Mills) e regeneração do solo (Cargill). Iniciativas similares ocorrem na Europa. A procura de fato vai mais além na medida que se procura obter condições de sustentabilidade.
Nessa questão é importante realçar que a agricultura representa 12% do total das emissões de CO2 no mundo. O fato que é menos conhecido, é que a agricultura é o único setor produtivo que pode não apenas eliminar as citadas emissões mas também capturar 8 gigatoneladas de CO2 por ano. Por essa razão, diversos especialistas enfatizam essa dupla realidade: a agricultura pode passar da condição de maior emissor de dióxido de carbono no globo para a qualidade de setor produtivo que pode absorver o maior volume de emissões. Dito de outra forma, pode chegar à condição de neutralidade em carbono (com redução a zero de suas emissões) e dali para a condição de negativa em carbono (fazendo o papel de poço de absorção de CO2).
O gráfico do link abaixo reflete a projeção de emissões globais até o final do século. O caminho mais viável para que tal projeção possa transformar-se em realidade passa necessariamente pela regeneração do solo, de maneira a deixa-lo em condições de absorver o dióxido de carbono no processo natural de fotossíntese. Os esforços mencionados em posts anteriores procuram atingir esse objetivo, dentre outras formas mediante uso dos créditos de carbono de forma a estimular produtores agrícolas adotarem essa linha de operação.
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