O que já era visível nos produtores de leites e laticínios em diversos países pode ser encontrado agora no exemplo da General Mills, uma das maiores produtoras mundiais de alimentos, que vem implementando nos últimos 5 anos políticas que levam fortemente em consideração questões como aquecimento global e empobrecimento do solo.
A importância do fato decorre do tamanho desses produtores e sua expressiva capacidade de mudança de hábitos na cadeia de produção.
A General Mills decidiu concentrar esforços na saúde do solo, de forma a reduzir tanto a emissão de carbono – que conduz à redução do aquecimento global – quanto a poluição da água em mananciais locais. Em outra linha de ação, a empresa tem levado seus fornecedores de insumos agrícolas a reduzirem substancialmente o uso de pesticidas sintéticos.
A atenção da empresa tem sido em parte uma resposta à posição firme de consumidores de seus produtos e acionistas. No ano passado cerca de 31% dos seus acionistas demandaram um processo de aferição junto a cadeia de seus fornecedores para medir a quantidade de pesticidas utilizada na produção do insumos.
Na linha específica de recuperação de solos empobrecidos pelo longo e excessivo uso de químicos, tanto em nutrientes quanto defensivos, a General Foods acaba de definir uma área de 260.000 ha no estado de Kansas. Nessa área estão localizados 24 produtores de cereais que serão remunerados, dentro de um programa específico da General Foods, por: a) acréscimos de carbono no solo, b) redução de emissão de gases de efeito estufa, e c) aumento da quantidade de água bem como de seu uso eficiente.
O modelo adotado vai contra o método secular de aração anual, de retirada dos nutrientes do solo e de adição de fertilizantes químicos. No seu lugar, as raízes permanecerão durante todo o ano no solo, evitando erosão, reduzindo uso de químicos e aumentando o valor nutritivo da cultura.
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