Agricultura pós-química?

2019-12-30T21:37:54+00:00

Não é novidade que o agronegócio está gradualmente se ajustando ao uso crescente de alternativas aos insumos químicos, na medida em que a rejeição aos transgênicos persiste em grandes mercados consumidores e preocupações com relação a alimentos limpos e  atenção ao meio ambiente são crescentes.

No coração desta tendência encontram-se os microorganismos no solo, incluindo bactérias e fungos. Os recentes problemas judiciais enfrentados pela Monsanto – adquirida pela Bayer em 2018 – com o popular e bem-sucedido glifosato estão dando grande visibilidade aos efeitos nocivos de produtos químicos na agricultura, bem mais evidentes a longo termo, em contraposição à quase unanimidade de sua aceitação entre os produtores.

O mercado mundial de fertilizantes e pesticidas chega a cerca de US$ 240 bilhões e cresce de 2% a 3% ao ano. Enquanto isto, produtos biológicos como bio-fertilizantes, bio-controles e bio-estimulantes, que representam fração ao redor de 2% do mercado total, têm crescido a uma média próxima de 15% a.a., durante os últimos 5 anos.

A pergunta frequentemente levantada é: como compatibilizar o crescimento da população mundial com a demanda adicional de alimentos sem poder contar com expansão das áreas agriculturáveis nesse relativamente curto espaço de tempo? Mais ainda: como chegar lá considerando o visível agravamento das questões ambientais e climáticas em todo o planeta?

Parte significativa da resposta tem sido dada, de um lado, com melhor produtividade das terras existentes e, de outro,  com rápido aumento da produção de insumos biológicos citados ( cujo ritmo de expansão indica precisamente essa direção).

O artigo do qual foram retirados esses dados, não por coincidência, tem o seguinte título:

“Mundo pós-químico visível na medida em que o agronegócio vai na direção verde“.

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